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  • RETICÊNCIAS

"Regresso à Escola (ou a fora dela...)" - Visita à exposição de Helena David


Eu e o Diogo regressámos à escola. Ambos ansiosos, expectantes e simultaneamente felizes de nos vermos novamente após cinco meses de aulas online.


No entanto, confessámos um ao outro que ambos receamos esta pandemia, a crise económica que se avizinha a passos largos, o cansaço das máscaras que nos roubam os sorrisos e do medo do que o futuro tem reservado para as nossas vidas.


Numa dessas aulas o Diogo, aluno do 10º ano, turma D do Curso Profissional de Técnico de Multimédia, trouxe-me um folheto de uma Exposição de Pintura de uma colega sua no Externato Zazzo, a artista Helena David. Aproveitámos esse folheto, onde estava um quadro da pintora, para consolidarmos vocabulário sobre o conteúdo “Physical description” e combinámos ir visitar a exposição da sua colega, também aluna da professora Luísa Becho.


No passado dia 9 de outubro “we hit the road” e visitámos esta magnifica exposição patente no Solar dos Zagallos e que contou com a presença da artista e da sua professora.


A Helena David, com 33 anos, nasceu com uma cromossomopatia que lhe comprometeu o seu desenvolvimento motor, cognitivo e lhe roubou parte da audição.


Recebeu-nos com um enorme sorriso e manifestou nas suas palavras o mesmo talento que manifesta nos seus quadros.


Explicou-nos que gosta de fazer retratos e que escolhe com muito cuidado quem quer pintar. Pinta sobretudo as pessoas que mais gosta e aquelas que gostaria de conhecer. Pinta com imensa cor, que segundo a opinião do Diogo, isso só demonstra o quanto ela é feliz.

Segundo a sua professora, Luísa Becho, Presidente da Associação AlmaSã, “a Helena é retrato dos que sabe e dos que quer saber”.


A mim e ao Diogo, ensinou-nos que há muito para aprender fora dos muros da escola, onde a vida acontece e se transforma diariamente. Num modelo escolar, onde se continua a ensinar para um mundo que já não existe, os quadros da Helena David só vieram reforçar a minha ideia de que os “retratos” que captamos, quer em fotografia, quer mentalmente, ficarão para sempre nas nossas vidas.


“O vocabulário em inglês que aprendi foi muito mais fácil e são essas mesmas recordações que vão ficar para sempre cá dentro” (palavras do Diogo).


São as memórias de um ano letivo que o tornam inesquecível. E o que há de melhor numa escola, do que as aprendizagens que fazemos nas visitas de estudo que realizamos todos juntos?

Professora Cristina Eusébio e Diogo Angeja

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