Durante o movimento surrealista, foram criados vários jogos que pretendiam estimular a criatividade e colocar em relevo determinadas partes do nosso conhecimento que, entendiam eles, estavam adormecidas ou menosprezadas. O jogo do Cadavre-exquis foi um desses jogos, porventura o mais popular.
O jogo consistia em criar num qualquer suporte um desenho ou representação gráfica coletiva. O desenho era dobrado em tantas partes quantos os participantes e, cada um por sua vez sem verem o que o anterior tinha desenhado, incumbia-se de, a partir apenas duma pequena parte visível do desenho anterior, continuar o grafismo. No final, desdobrado o papel, o resultado final era uma representação que eliminava o controlo exercido pela razão e a premissa do domínio autoral.
Confrontados com o confinamento a que fomos submetidos, surgiu a ideia de realizar um Cadavre-exquis fílmico mantendo a mesma premissa do ideário surrealista: cada autor, só podia ter acesso ao filme do autor anterior e, partindo dessas imagens e sons, criar a sua própria composição.
O método encontrado para a sequência de treze autores foi o democrático sorteio e o resultado final é este que estreamos dia 1 de julho na página do Facebook da “francisco simões multimédia”, no canal youtube do “agrupamento de escolas francisco simões” e no site do jornal escolar “reticencias2020fs.wixsite.com/jornal”.
Esperemos que gostem!
ESTREIA: 1 de julho de 2020, às 00h00